O Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, durante uma reunião extraordinária da Organização de Cooperação Islâmica em Jeddah, apelou por sanções coletivas contra Israel para forçar o fim dos crimes e ocupação. Ele enfatizou a situação preocupante em Gaza e na Palestina, caracterizando-a como uma manifestação de injustiça contra um povo que tem sido privado de seus direitos fundamentais por mais de sete décadas, propondo que empresas e entidades que apoiam Israel sejam alvos de sanções, com suas atividades suspensas nos países membros da organização.
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O Irão condena veementemente o plano recente dos EUA para a transferência forçada da população de Gaza e o controlo americano dos territórios palestinianos, considerando-o uma violação flagrante do direito internacional. O país enfatiza que qualquer ação que vise alterar a estrutura demográfica e cultural da Palestina ocupada é inaceitável e contrária aos princípios da justiça e do direito internacional, expressando ainda profunda preocupação com os impactos políticos e humanitários de tais ações na região e no mundo. O Irão acusa os EUA de cumplicidade nos crimes de Israel, alegando que o apoio militar, financeiro e diplomático americano torna o país parceiro em todos os crimes de guerra em curso contra o povo palestiniano.
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O chefe da diplomacia afirmou que o povo palestino possui o direito inerente e inegável de se defender e resistir à ocupação, um direito reconhecido pelo direito internacional que não requer aprovação externa. Criticou a hipocrisia de alguns países ocidentais que negam esse direito e justificam os crimes de Israel sob o pretexto de "autodefesa". Apelou à comunidade internacional para rejeitar narrativas enganosas e reconhecer a legitimidade dos grupos de resistência palestinos, instando também a que Israel, com seu arsenal de armas de destruição em massa, adira aos tratados de desarmamento e não proliferação, face a declarações preocupantes sobre genocídio.
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O Ministro das Relações Exteriores propôs que a Organização de Cooperação Islâmica (OCI) implemente sanções coletivas contra Israel para forçar o fim dos crimes contra a população de Gaza e outras nações da região. Ele também solicitou que todas as empresas e entidades que apoiam direta ou indiretamente a ocupação e os crimes de Israel sejam sancionadas, com suas atividades suspensas nos países membros da OCI. Adicionalmente, propôs a elaboração de uma resolução a ser apresentada à Assembleia Geral da ONU, condenando e rejeitando qualquer plano que envolva o deslocamento de palestinos, e a criação de uma campanha internacional liderada pela OCI para a reconstrução de Gaza, com foco em habitações, hospitais e infraestruturas essenciais, juntamente com um programa de recuperação econômica que facilite o retorno de refugiados palestinos às suas casas.
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O chefe da diplomacia iraniana enfatizou a necessidade de continuar os esforços para expulsar Israel do sistema da ONU devido à sua contínua desobediência à Carta das Nações Unidas, obstrução das atividades da UNRWA e o trágico número de funcionários da ONU mortos na Palestina. Ele argumentou que Israel, como um "regime de apartheid do século XXI," não deve ter legitimidade na organização. O Irão também expressou reservas sobre a solução de dois Estados, defendendo um único estado democrático para todos os residentes da Palestina, e reiterou o direito do povo palestiniano à autodeterminação e libertação da ocupação. O estabelecimento de um Dia Internacional em Memória das Vítimas de Gaza foi proposto como um lembrete do sofrimento do povo de Gaza e para garantir que a sua luta contra os crimes israelenses não seja esquecida.