O objetivo principal do envio dos Profetas e Mensageiros (A.S.), foi direcionar o homem ao bem e à melhoria da própria personalidade, e correção de seu comportamento e de sua existência. Assim sendo, a Índole era a base para as suas convocações e ensinamentos destacados pelo conhecimento que fazia de suas mensagens.

Deus Supremo revelou no Alcorão Sagrado: “E os designamos Imames [Líderes religiosos infalíveis], para que guiassem os demais, segundo os Nossos desígnios, e lhes inspiramos a prática do bem…” (C. 21 – V. 73)

E também:
“E que surja de vós uma nação que recomende o bem, dite a retidão e proíba o ilícito. Esta será (uma nação) bem-aventurada”. (C. 3 – V. 104)

O nobre Mensageiro Mohammad (S.A.A.S.) foi o maior exemplo de vido sua Índole, retidão e bondade para com as pessoas, sem distinção, amando-as e lhes querendo todo o bem.

Por isso, Deus, no Alcorão Sagrado descreve: “Porque és de nobilíssimo caráter”. (C. 68 – V. 4)

E quão ele (S.A.A.S.) era meticuloso ao se referir à importância da índole e do caráter da Mensagem Islâmica. Conforme se relatou sobre o Mensageiro Mohammad (S.A.A.S.), o qual dizia: “Fui enviado a vós a fim de concluir a nobreza do caráter”.

E isto é o que significa conformidade com a revelação de Deus: “Ele foi Quem escolheu, entre os iletrados, um Mensageiro da sua estirpe, para ditar-lhes os Seus versículos, consagrá-los e
ensinar-lhes o Livro e a sabedoria, porque antes estavam em evidente erro”. (C. 62 – V. 2)

Deus Supremo teve a intenção de, com este versículo, esclarecer o objetivo de Sua mensagem divulgada por Seus Enviados (Profetas e Mensageiros), de que ela só se estabelecerá na realização da nobreza de caráter e correção das almas e sua absolvição.

Portanto, a franqueza, a confiança, o amor, a clemência, a justiça, a paciência, a generosidade, a coragem, a lealdade e a fidelidade são a salvação do homem contra as más índoles e seus vícios e maldades, tais como a mentira, o engano, a traição, o descaso, a falsidade, a maledicência, a calúnia, o despudor e cinismo, a hipocrisia, a avareza, as más companhias, o rancor, a ira, a cólera, etc. Porque estas descrições negativas são os motivos da decadência da sociedade e das desgraças, infortúnios e infelicidades do ser humano.

Por isso, é que o nobre Mensageiro Mohammad (S.A.A.S.) sempre dizia: “Aquele que corrompeu a sua índole torturou a si mesmo”.

E baseado neste desenvolvimento mental, o Islam construiu sua convocação para o amor e o bem do próximo, exortando a humanidade em geral para a sua prática. Por isso é que o nobre Mensageiro (S.A.A.S.) impelia os Muçulmanos à prática do bem, advertindo-os sempre contra o mal, dizendo: “Melhor do que o bem é seu benfeitor, e pior do que o mal é seu praticante!”.

E ele (S.A.A.S.) ainda dizia: “Digas o bem e sereis conhecidos por ele, e faças o bem e
sereis um dos benevolentes”.

Outro dito do Profeta (S.A.A.S.): “Todas as criaturas são dependentes de Deus, porém,
a criatura mais querida por Deus é aquela que é bondosa com os próprios dependentes”.

Certo dia, um homem perguntaram ao Mensageiro de Deus (S.A.A.S.): “Quem é o mais amado por Deus?”. E o Profeta Mohammad (S.A.A.S.) respondeu: ”O mais útil à humanidade”.

Tudo isso, é para a construção e edificação da sociedade humana sobre os alicerces do bem e do bom caráter, a fim de que se forme uma sociedade sadia e livre do mal, do vício e da má índole, pois o bom temperamento e a inclinação para o bem são as características mais destacadas no ser humano, e é a distinção mais elevada na civilidade Islâmica, e seu valor é sagrado.

E a idoneidade do homem só se completa com a índole e o caráter virtuoso, o amor à prática do bem e sua procura.

No Islam, a índole é considerada o pilar básico na formação da família, do Estado e da sociedade, pois é com a índole que a lei, a política e a economia se conectam numa ligação firme e concreta. E, a índole na vida Islâmica é tal qual a água nas células dos vegetais, a qual lhes fornece vida, crescimento, florescência e beleza.