A mídia americana Politico relatou que as recentes ameaças de Donald Trump sobre um possível conflito militar com o Irã não parecem ter afetado a postura dos líderes iranianos. O relatório destaca que o líder supremo do Irã, aiatolá Khamenei, rejeitou categoricamente negociações com "governos valentões" e que o Irã não retornará à mesa de negociações enquanto os EUA não suspenderem a política de "pressão máxima", conforme declarado pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi.
Trump havia afirmado querer um novo acordo com o Irã para deter suas armas nucleares, insinuando uma possível confrontação militar caso a oferta não fosse aceita.

Donald Trump suspendeu tarifas sobre importações do México e Canadá apenas dois dias após implementá-las, numa aparente reação às medidas retaliatórias desses países. A estratégia de Trump, caracterizada por avançar quando percebe fraqueza e recuar sob resistência, ficou evidente. Após impor tarifas de 25%, enfrentou oposição do Canadá, que ameaçou cortar o fornecimento de energia, e do México. Diante disso, Trump suspendeu grande parte das tarifas por um mês, levando ambos os países a suspenderem temporariamente suas tarifas sobre importações dos EUA. Em contraste, Zelensky, da Ucrânia, apesar de ter sido aparentemente desrespeitado por Trump, continua a pedir um acordo, que envolveria concessões territoriais e de recursos minerais em troca de apoio. Enquanto Trump interrompeu a ajuda à Ucrânia, analistas criticam líderes que perderam a dignidade ao negociar com ele, sugerindo que as políticas de Trump, embora possam gerar resultados a curto prazo, podem prejudicar a credibilidade dos EUA ao longo tempo.

O Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, declarou que o programa nuclear do Irã não pode ser destruído por operações militares, pois a tecnologia já foi dominada e as instalações estão espalhadas e protegidas. Ele alertou que um ataque ao Irã poderia desencadear um conflito regional, sendo esse o objetivo de Israel para envolver os EUA em uma guerra. Em relação à Síria, Araghchi afirmou que as transformações ocorreram devido à intervenção direta da Turquia e de outros países, responsabilizando-os pelos problemas atuais, incluindo a ocupação israelense e a destruição da infraestrutura. O Irã defende a estabilidade, a integridade territorial e a formação de um governo inclusivo na Síria. Araghchi também enfatizou que o Irã não negociará com os EUA sob pressão máxima e sanções, mas continuará as negociações com os membros restantes do JCPOA (Alemanha, França, Reino Unido, China e Rússia).

O Cardeal George Jacob Koovakad, chefe do Dicastério para o Diálogo Inter-religioso do Vaticano, felicitou os muçulmanos pelo Ramadão, notando a coincidência deste ano com a Quaresma cristã. Ele enfatizou que este alinhamento é uma oportunidade para cristãos e muçulmanos colaborarem pela paz, renovando valores religiosos como compaixão e solidariedade. O cardeal destacou que tanto o Ramadão quanto a Quaresma promovem a transformação interior através da disciplina e da oração, e alertou que, face à injustiça e incerteza global, é crucial que os crentes demonstrem que a fé pode unir e reconciliar, mostrando ao mundo que o amor de Deus é mais forte que qualquer obstáculo.

Uma delegação do Centro de Serviço ao Alcorão "Hamid bin Rashid Al Nuaimi" dos Emirados Árabes Unidos, durante uma visita ao Centro Cultural Islâmico da China em Dubai, doou cópias do Alcorão em chinês para este centro.