O segundo pilar da Crença Islâmica é a fé na Revelação e na Profecia, e a convicção nos Profetas e Mensageiros (A.S.), e no que vieram anunciar, no que alude a reformas e grandiosos princípios cívicos. E o Alcorão Sagrado confirma a palavra de Deus:
“Dizei: Cremos em Deus, no que nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos; no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, e nos submetemos a Ele”. (C. 2 – V.136)
E os Profetas (A.S.) foram homens escolhidos por Deus, para divulgarem as Mensagens Divinas e melhorar a conduta humana, por terem sido completos, racional e mentalmente, e cujo comportamento fora impecável.
Deus Supremo disse no Alcorão Sagrado:
“Deus escolhe os mensageiros, entre os anjos e entre os humanos, porque é Oniouvinte, Onividente”. (C. 22 – V.75)
E todos os Profetas (A.S.) exortaram para a Unicidade de Deus e Sua devoção, comunicando a Sua existência e divulgando as Mensagens Divinas, inclusive, induziram os homens à prática do bem, do aper
feiçoamento e da nobreza do caráter, sempre combatendo a injustiça, a corrupção e os tiranos. Anunciaram sobre a recompensa divina e alertaram contra a punição, por isso, as mensagens de todos os Profetas (A.S.) se conectam com a fé em Deus, na Revelação, na Profecia, no mundo da Eternidade e em tudo que contém recompensas e punições.
A ideologia Islâmica se fundamenta nos alicerces da crença nas profecias de Mohammad (S.A.A.S.), que era favorecido com milagres, ressaltando o eterno milagre que é o Alcorão Sagrado, o qual ninguém consegue assemelhá-lo, e outros milagres ocorridos na época do Mensageiro de Deus Mohammad ibn Abdellah (S.A.A.S.).
A convicção nas profecias de Mohammad (S.A.A.S.) significa a reprodução de todas as mensagens divinas por falta de seu correto prossegui mento, por isso, é mencionado no Livro de Deus:
“Para Deus a religião é o Islam…” (C.3 – V.19)
Em outro versículo lê-se:
“E quem quer que almeje (impingir) outra religião, que não seja o Islam, (aquela) jamais será aceita e, no outro mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados…” (C.3 – V.85)
Isto porque a mensagem Islâmica é a mais completa e capaz de solucionar todos os problemas do homem, e Deus a preservou e protegeu contra a simulação e a adulteração.
Tanto Moisés (A.S.) quanto Jesus (A.S.) anunciaram a vinda de Mohammad (S.A.A.S.), e seu nome foi mencionado na Torah4 e no Evangelho, sendo que os judeus na ocasião aguardavam a vinda de um Profeta que reformaria a Terra e comunicaria as Mensagens de Deus, porém, eles esperavam que este Profeta seria de sua própria povo, e quando viram que ele era do povo árabe, eles o desmentiram e subestimaram, e assim, o fizeram também os cristãos, apesar de estes últimos, terem sido comunicados pelo próprio Messias Jesus (A.S.), e depois, ter sido mencionado e confirmado no Evangelho.
.
Deus Supremo disse no Alcorão Sagrado:
“São aqueles que seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado, o qual encontram mencionado em sua Torah e no Evangelho, o qual lhes recomenda o bem e que proíbe o ilícito, prescreve-lhes todo o bem e veda-lhes o imundo, alivia-os dos seus fardos e livra-os dos grilhões que o deprimem. Aqueles que nele creram, honraram-no, defenderam-no e seguiram a Luz que com ele foi enviada, são os bem-aventurados”. (C. 7 – V.157)
“E quando Issa ibn Mariam disse: Ó filho de Israel5, eu verdade sou o Mensageiro de Deus, enviado a vós, corroborante de tudo que a Torah antecipou no tocante às predições, e alvissareiro de um Mensageiro que virá depois de mim, cujo nome será Ahmad. Entretanto, quando lhes foram apresentadas as evidências, disseram: Isto é pura magia!” (C. 61 – V.6)
No Evangelho de João, discípulo do Senhor Jesus, o Messias (A.S.), escrito no aramaico (e depois passado para o grego) antes de sua adulteração, estava mencionada a anunciação do Messias (A.S.) sobre Mohammad (S.A.A.S.), conforme segue:
“E quando vier o Al-Monhamanna, aquele que Deus enviará a vós pelo Espírito Santo; este que surgirá por parte do Senhor, e ele será minha testemunha e vós também, porque vós sempre estivestes
comigo. Por isso, eu vos anunciei para não lamentardes”.
E o Evangelho de João menciona em nome do Messias, quando ele anunciou à seus discípulos, orientando-os sobre a vinda de Mohammad (S.A.A.S.), o Profeta esperado, e que viria depois dele, o Messias disse:
“Ainda tenho muitas coisas para vos dizer, mas não sois atualmente capazes de suportá-las. No entanto, quando esse chegar, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a verdade, pois não falará por seu próprio impulso, e sim, falará as coisas que ouvir e vos declarará as coisas vindouras. Esse me glorificará,
porque receberá do que é meu e vos declarará”.
(Evangelho de João – Capítulo 16, Versículos de 12 até 14.)
Por isso que o Imperador abissínio Al-Nagáchi, que era na ocasião cristão, acreditou e deu testemunho sobre o vaticínio de Mohammad (S.A.A.S.) depois que ele conversou com Jáfar ibn abi Táleb, líder dos emigrantes Muçulmanos, que partiram de Meca para a Abissínia (hoje, Etiópia); e Al-Najáchi, juntamente com o clero cristão, choraram emocionados após ouvirem Jáfar recitar a Surata (capítulo alcorânico) dedicada a Maria, mãe de Jesus, o 19° Capítulo do Alcorão Sagrado, e no final, o Imperador abissínio disse:
“Isto e o que Jesus divulgou vêm do mesmo nicho”.