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A Crença (Al-Aquidah)
A Crença (Al-Aquidah) a) A Fé em Deus, Uno e Único

Entende-se pela crença: A coletânea daquilo que nele crê o homem, relativo a idéias e esclarecimentos alusivos à interpretação sobre o surgimento do Universo e da vida, e no que se concede sobre isso em raciocínios e entendimentos; e as idéias que aludem à formação do Universo, tal como a fé em Deus, a fé no fim do mundo, na existência dos Profetas e Mensageiros como sendo os emissários e os comunicadores sobre Deus, e a confirmação sobre um mundo na Eternidade e no que se conexa a tais teoremas e suas ramificações alusivas aos pensamentos, esclarecimentos e crenças, como, a fé nos anjos, na execução, na predestinação e etc é o que em sua totalidade se compreende como Crença Divina.
Com isso, a crença Islâmica se constrói sobre pilares básicos, que se ramificam em diversas convicções; todavia, os pilares básicos são:


a) A fé em Deus Uno e Único;
b) A fé na profecia;
c) A fé no mundo da Eternidade.


É evidente que a crença na profecia e no mundo da Eternidade, se prende na fé em Deus Glorificado, e aquele que crê em Deus e em Sua existência, a sua própria fé acaba levando-o a acreditar nas palavras da profecia e no mundo da Eternidade e em tudo que nele existe, em se tratando de punições e recompensas.
E, para melhor esclarecimento, segue abaixo algo que possa esclarecer cada elemento desses três itens citados anteriormente, conforme as etapas explicativas:

a) A Fé em Deus, Uno e Único

É natural que a fé em Deus, Criador do magnífico Universo, é a base do Islam e a expansão do pensamento, da cultura, do comportamento e do labor do Muçulmano, e é nesse pilar que se constroem todas as decisões, resoluções, pronúncias e expressões da crença e da filosofia da natureza e da vida.
E o Islam consolidou a crença e a fé em Deus Glorificado, baseado no argumento e na evidência racional, recusando as imitações e as seqüências, e sobre isso, o Imam Ali ibn abi Taleb (A.S.) disse:
“O primórdio da religião é o Seu conhecimento, e a perfeição de Seu conhecimento é unificá-lo, e o aperfeiçoamento de Sua unicidade é a sinceridade com Ele”.


A crença Islâmica se consolida sobre a base da convicção na Unicidade total de Deus Glorificado, riscando qualquer parceiro, similar, representante e tudo que se Lhe opõe ou critica, afastando Dele todas as qualificações humanas ou naturais, por serem incompletas e abjetas diante de Sua Grandeza, porque Ele é a própria riqueza e absoluta perfeição.
E para se consumar a total unicidade de acordo com a crença Islâmica, a fé deverá se concretizar na Unicidade de Deus em quatro imperativos que são:


1° - Unicidade de Deus em Si Mesmo
Para que a unicidade total seja concretizada, a fé deverá ser de que Ele é Uno, Único, singular em Si mesmo e que nada do que Ele criou, se assemelha a Ele.
Deus Supremo descreve a Sua sagrada entidade, conforme é mencionado no Alcorão Sagrado:
“…Nada se assemelha a Ele, e é o Oniouvinte, o Onividente.”. (C. 42 - V.11)


E esta verdade, só a expõe a mente sã e a lógica científica, e nós sabemos que o motivo se distingue do resultado, assim como, o marceneiro se distingue da cadeira, ou, o artista-plástico se distingue do quadro por ele pintado. Portanto, o Criador se distingue de Suas criações.
É importante apontarmos aqui que a mente humana só concebe aquilo que ela imagina, e Deus está afastado desta hipótese porque a razão não compreende a verdade sobre Ele. E como haveria de compreender a verdade divina se ela é incapaz de conhecer a verdade da matéria deste mundo,
apesar de vê-la e senti-la, e até mesmo de conseguir descrevê-la, decifrá-la e conhecer a sua origem? Porém, não conhece a sua verdadeira importância, mesmo que consiga decodificá-la com outros elementos.
Portanto, como se poderia conseguir compreender a verdade sobre o Magnífico Criador? No entanto, o Alcorão Sagrado nos esclarece sobre o assunto com a Revelação de Deus:
“…enquanto disputam sobe Deus, apesar de Ele ser poderosamente Inexorável”. ( C. 13 – V. 13)


2° - Unicidade de Deus em Seus atributos
O segundo pilar da Unidade é a fé de que Deus é Uno em Seu caráter, pois Ele é único em seus atributos virtuosos, e é Dele todo o complemento, seja pela sapiência, poder, capacidade, autoridade e riqueza, e Ele é o único que está afastado de todo e qualquer defeito, por isso, nada se assemelha a Ele em virtudes, e isto é fato consumado, pois as qualidades se distinguem, tal como o Sol se diferencia da Terra, as características de Deus Glorificado se distinguem das criações, e é esse o significado das palavras alcorânicas que dizem:
“Os mais sublimes atributos pertencem a Deus; invocai-O, pois, e evitai aqueles que profanam os Seus atributos, porque serão castigados pelo que tiverem cometido”. (C. 7 – V. 180)
E é como significam suas palavras: “Louvado seja Deus, Senhor do Universo”. (C. 1 – V.2)

Isto é, são Dele unicamente todos os atributos louvados. E eis o significado da verdadeira palavra de Deus: “Glorificado seja o teu Senhor, o Senhor do Poder, de tudo quanto (Lhe) atribuem”. (C. 37 – V. 180)
O que significa, o afastamento de Deus de toda e qualquer característica nociva que Lhe atribuem os idólatras e os ateus; portanto, a unicidade nos atributos não se concretiza senão pela confirmação daquilo que deve ser confirmado com as características de Deus, as quais se compreendem no Poder, Sapiência, Capacidade, Discernimento, Escolha, Vida, Precedência, Imortalidade, Prudência, Sabedoria e etc, e abominação das particularidades degradantes que não convém atribuí-las a Deus, tais como a Necessidade e a Imperfeição, assim como a necessidade do tempo e do lugar, a prática do mal e do que é detestável, a fraqueza dos corpos, que seria a fragilidade física e a incapacidade espiritual, moral e intelectual, ou seja, Características Negativas.


3° - Unicidade de Deus em Seus atos
O terceiro pilar da Unicidade, é a singularidade de Deus em Seus atos, pois assim como Deus Glorioso é singularizado em Si mesmo e em Suas características, Ele é singular em suas ações. Portanto, é natural que os atos se comprometam com a identidade e as características. Tal como a mão não consegue realizar algo sem a intenção da mente, por distinguir-se dela, ou como o vento não pode realizar o que a corrente elétrica faz em uma lâmpada, por se tratarem de naturezas distintas. Logo, ninguém pode fazer o que Deus Altíssimo realiza, e tudo o que o ser humano realizou através de inventos, só conseguiu efetuá-los pelo uso da natureza que Deus Glorioso criou, e tais inventos só se realizaram por intermédio da mente e do raciocínio que foram beneficiados ao homem por Deus. Assim sendo, o homem está preso à coleção e resultado de acordo com as leis da natureza, somente.


Deus Glorificado é único, que pode e consegue criar, providenciar, dar a vida e tirar a mesma, fazer ressuscitar aquele que está sepultado no túmulo, enfim, Ele a tudo pode e realiza o que quiser e bem entender, porque Ele é Poderosíssimo sobre todas as coisas! Ninguém além Dele possui influência sobre as criações ou consegue realizar os efeitos de Deus, e tampouco fazer o que Ele faz!

4° - A Unicidade de Deus na adoração
A verdadeira unicidade só se concretiza com a Unicidade de Deus, através da adoração e da devoção com sinceridade e lealdade, para com Ele unicamente, porque Ele é o Criador e é o Reinante sobre todas as
criações do Universo, bem como, Ele é Beneplácito e o Favorecedor sobre tudo que Ele criou! Logo, Ele é merecedor de toda a devoção, porque todas as mensagens divinas invocaram a obediência e a submissão total, única e somente a Deus.
Deus Supremo disse através das Revelações transmitidas ao Mensageiro Mohammad (S.A.A.S.) pelo arcanjo Gabriel (A.S.):
“Sou Deus. Não há divindade além de Mim! Adora-Me, pois, e observa a oração, para celebrar o Meu nome”. (C. 20 – V. 14)


E disse mais para a orientação do homem: “Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda!”. (C. 1 – V. 5)
A adoração é a recompensa ao bondoso, e é reconhecimento pela sua bondade, bem como, a adoração é atendimento aos seus direitos, pela qual, deixa traços complementares no ego humano, e quando o instinto religioso se volta ao âmago do ego humano, o homem acaba se dirigindo à direção certa, e então, não ocorrerá adulteração em seu íntimo, dando motivo para que os tiranos o humilhem e o submetam, passando a ser escravo dos dominadores e dos arrogantes e orgulhosos. Porém, com a adoração a Deus unicamente, a verdade será uma precedência para a libertação do homem em se submeter a alguém além de Deus. Ou, pelo grandioso sentimento em relação a Deus, o homem sentirá o sabor da liberdade e possuirá a própria dignidade apesar de todas as perseguições e opressões por ele sofridas.


Em destaque sobre o significado de que a adoração a Deus é o direcionamento a Deus, por ser a procedência do bem, da harmonia e do direito a existência, a alma sente elevar-se nestes predicados e passa à perfeição e à ascensão, tornando-se um exemplo e um alvo superior para a meditação e o comportamento humano. E o Muçulmano sabe que seu Criador é qualificado com as características da perfeição e a Ele se destinam todos os atributos virtuosos e sublimes, porque Ele é o Justíssimo, o
Misericordioso, o Prudentíssimo, o Absolvente, o Afetuoso, o Reconhecido, o Generoso, o Benevolente, o Clemente, o Protetor, o Verídico, etc.


Estas e outras são as características virtuosas do Deus adorado e amado pelo devoto sincero, que as usa na sua devoção a Deus, e com isso, ele fundamenta sua vida de acordo com estes atributos, a fim de construir a sociedade e o relacionamento humano sobre as bases destas qualificações divinas e prioritárias, a fim de efetivar a justiça, o afeto, a misericórdia e a bondade pela conduta e pela realidade da vida.


O nobre Mensageiro Mohammad (S.A.A.S.) sempre direcionou os Muçulmanos para estes rumos, dizendo-lhes: “Conduzam-se pela índole de Deus!”
Ressaltamos que as devoções Islâmicas têm influência sobre a educação e o ajuste da vida particular e social de cada um, tais como, a oração, a súplica a Deus, o jejum, a peregrinação, o voto de promessa, etc.

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